Já era...
Oi, pessoal. Esse blog acabou por falta de tempo e inspiração...
Tem gente... Tem gente em todo lugar. Ufa! E olha que no Brasil ainda não chegamos nem perto do 1,3 bilhão de chineses. Tem gente nos carros nos engarrafamentos (normalmente um cidadão entediado em cada carro). Tem gente nas calçadas do centro da cidade (uns andando, outros dormindo). Tem gente na praia em um domingo de sol (e todo mundo escolhe o "point" porque... ah... porque todo mundo vai lá). Tem gente na fila do banco (apesar de cada vez mais os banqueiros fazerem de tudo para a gente não aparecer por lá e eles poderem ter menos seguranças e menos bancários). E, pode esperar, tem gente no banheiro quando você está apertadíssima para fazer xixi.
Cai o mundo em Santa Catarina. Tempestade com direito a raios, trovões e pedras. Eu, que vivi sempre mais perto dos trópicos, me amedrontei e encantei. Bem que os gaúchos já tinham avisado que o céu por aqui fica verde. Não é figura de linguagem.
É lugar-comum dizer que "hoje as crianças amadurecem cada vez mais rápido". Se com amadurecer a gente quer dizer ter crises como "o que vou vestir?", mau-humor matinal, dúvidas sobre o que vai ser quando crescer, OK. Eu vivo hoje a dileta experiência de conviver com uma menina de seis anos que resolveu achar o máximo usar aparelho ortodôntico. Tudo bem, eu também já quis usar aparelho e óculos de grau, achando que ganharia assim um ar intelectual que combinaria com a adolescente metidaabesta que fui, mas isso foi na década de 80, e eu tinha pelo menos duas (quiçá três) vezes seis.
Eis-me de volta ao maravilhoso mundo virtual, depois de um longo e rigoroso inverno. Inverno que ainda não terminou: em Santa Catarina, para onde me mudei de mala, cuia e cachorros, prometeram o fim do frio para setembro. Só vendo. É uma experiência e tanto precisar mesmo acender a lareira, e não fazer um charminho com foguinhoevinhoeboacompanhia. Também é uma novidade morar mezzo no campo, mezzo na cidade - ou seja, em um bairro que parece roça, mas fica na capital. Nunca tinha visto macacos tão de perto, só no Animal Planet. Nem baleia. Nem pelicano (só no desenho do Nemo!). E acordar todo dia às 5h para enfrentar a BR até o trabalho? Com caminhão. E mais caminhão. E outro. Opa, outro. É a economia do país que anda sobre rodas (por isso tem sempre um pneu furado ou um óleo vazando no caminho). Vida selvagem, eis-me aqui.