26.6.08

Já era...

Oi, pessoal. Esse blog acabou por falta de tempo e inspiração...

22.11.07

De médico e de louco...

Obsessões musicais temporárias me acometem. Passo dias ouvindo a mesma música. A mesma. De novo. Outra vez. Família e vizinhos devem odiar, mas têm a fineza de não se manifestar. Pelo menos até agora. Talvez compartilhem o gosto musical com esta obcecada eventual. E o mais esquisito é que essas obsessões não têm cronologia linear. Eu explico. Agora, por exemplo: Por você, cantada pelo Barão Vermelho, não me abandona. Antes dessa, era a Aimée Mann, One. E antes ainda, Elza Soares, Dor de cotovelo. Não adianta sequer me mandar ao médico. Um pai psiquiatra me dá salvo-conduto.

17.11.07

Um pouco de lirismo, pelamordedeus!


Em um mundo cada vez mais seco (apesar da chuva que cai sem parar há dias e dias...), cada vez menos gentil, ainda é possível desejar bombons e flores? E que levantem do banco do ônibus para a senhora sentar? E se for um senhor? Não, este não é mais um libelo que pede educação e reclama que "no mundo moderno" ninguém mais tem tempo para nada, nem para ser bacana. Eu quero é lirismo. Aquele do Bandeira:


"Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de excepção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora
de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário
do amante exemplar com cem modelos de cartas
e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação."

30.10.07

Ocupado

Tem gente... Tem gente em todo lugar. Ufa! E olha que no Brasil ainda não chegamos nem perto do 1,3 bilhão de chineses. Tem gente nos carros nos engarrafamentos (normalmente um cidadão entediado em cada carro). Tem gente nas calçadas do centro da cidade (uns andando, outros dormindo). Tem gente na praia em um domingo de sol (e todo mundo escolhe o "point" porque... ah... porque todo mundo vai lá). Tem gente na fila do banco (apesar de cada vez mais os banqueiros fazerem de tudo para a gente não aparecer por lá e eles poderem ter menos seguranças e menos bancários). E, pode esperar, tem gente no banheiro quando você está apertadíssima para fazer xixi.

Aí em cima, a multidão em uma obra de Vik Muniz, artista plástico que utiliza materiais como o chocolate para criar as suas obras. Delícia.

29.10.07

Chove, chuva

Cai o mundo em Santa Catarina. Tempestade com direito a raios, trovões e pedras. Eu, que vivi sempre mais perto dos trópicos, me amedrontei e encantei. Bem que os gaúchos já tinham avisado que o céu por aqui fica verde. Não é figura de linguagem.

5.9.07

Sobre meninas e aparelhos

É lugar-comum dizer que "hoje as crianças amadurecem cada vez mais rápido". Se com amadurecer a gente quer dizer ter crises como "o que vou vestir?", mau-humor matinal, dúvidas sobre o que vai ser quando crescer, OK. Eu vivo hoje a dileta experiência de conviver com uma menina de seis anos que resolveu achar o máximo usar aparelho ortodôntico. Tudo bem, eu também já quis usar aparelho e óculos de grau, achando que ganharia assim um ar intelectual que combinaria com a adolescente metidaabesta que fui, mas isso foi na década de 80, e eu tinha pelo menos duas (quiçá três) vezes seis.

A vida real resolveu, no entanto, dar a ela um aparelho, fixo, cuja cor ela pôde escolher. Viva! A empolgação era enorme. Roxo ou rosa foi uma dúvida cruel por semanas. Expectativa. Toda a escola envolvida. E aí? Aí passou. A animação foi-se na primeira apertada do dito cujo. O tédio e a chatice ocuparam o lugar do desejo. E o pior é que dura seis meses. No mínimo.

Definitivamente, era mais fácil quando eles queriam só colo e chupeta.

28.8.07

Câmbio, testando

Eis-me de volta ao maravilhoso mundo virtual, depois de um longo e rigoroso inverno. Inverno que ainda não terminou: em Santa Catarina, para onde me mudei de mala, cuia e cachorros, prometeram o fim do frio para setembro. Só vendo. É uma experiência e tanto precisar mesmo acender a lareira, e não fazer um charminho com foguinhoevinhoeboacompanhia. Também é uma novidade morar mezzo no campo, mezzo na cidade - ou seja, em um bairro que parece roça, mas fica na capital. Nunca tinha visto macacos tão de perto, só no Animal Planet. Nem baleia. Nem pelicano (só no desenho do Nemo!). E acordar todo dia às 5h para enfrentar a BR até o trabalho? Com caminhão. E mais caminhão. E outro. Opa, outro. É a economia do país que anda sobre rodas (por isso tem sempre um pneu furado ou um óleo vazando no caminho). Vida selvagem, eis-me aqui.



Câmbio, desligo.